Coluna Fragmentos da História, por Cláudio Marques.
Quem acompanha jornais já deve ter visto sobre a Rainha da Inglaterra, mas se prestou a atenção em casos de guerras como foi o caso do apoio na Guerra do EUA no Afeganistão, viu que todos os pronunciamentos foram feitos pelo “Primeiro Ministro” e não pela “Rainha”. Ou seja, parece que “A rainha reina, mas quem governa é o Parlamento”. Iniciando com o governo de Elizabeth I (1558-1602) o governo inglês era uma Monarquia Absolutista, ou seja, um rei (no caso uma rainha) com poderes absolutos sobre tudo e todos.
Aliando-se a corsários (antes chamados de piratas) a rainha Elizabeth I vê o crescimento naval e torna a Inglaterra em uma potência. Ela vê também o surgimento da burguesia (comerciantes) e de uma pequena nobreza.
Jaime I primo e sucessor de Elizabeth I, sendo absolutista combateu o Parlamento que fora contrário a sua medidas tais como: impor o anglicanismo a todos os súditos; criação e aumento e impostos.
Carlos I filho de Jaime I, o sucedeu no trono também de forma absoluta perseguindo seus opositores. Carlos I tinha como plano invadir a Câmara e prender seus oponentes. Porém avisados parlamentares perseguidos, uniram-se a tropas e teve início a Guerra Civil. De um lado o Rei (alta nobreza, alta burguesia, anglicanos e católicos) e do outro o Parlamento (baixa burguesia, nobreza, presbiterianos e puritanos)
O “Parlamento” vence a guerra, Carlos I é preso e decapitado. Oliver Cromwell líder puritano assume o um governo agora republicano. Perseguiu e reprimiu seus opositores políticos; vez valer leis que beneficiaram a o comércio naval inglês (Atos de Navegaç, incitando guerra contra a Holanda que perdeu, possibilitando a Inglaterra o predomínio comercial nos mares. Ao que parece o poder “sobe a cabeça” de Oliver Cromwell que torna seu cargo hereditário e vitalício.
Com a morte de Oliver Cromwell, seu filho Ricardo Cromwell assume o poder mas a oposição política parlamentar o destituem do poder, como a intenção de renovar o sistema monárquico.
A frente estava Carlos II filho do rei Carlos I que fora decapitado em 1645 “por Oliver Cromwell”. Assim como Carlos II, seu irmão e sucessor, tentou promover a volta do absolutismo com o apoio de Luiz XIV da França.
O Parlamento inglês temendo um declínio burguês (que possivelmente ocorreria com o sistema absolutista) reuniu tropas e decidiram destituir Jaime II. Foi o que ocorreu; o trono inglês foi entregue a Guilherme de Orange (príncipe holandês genro de Jaime II), que concordou em se submeter ao Parlamento da Inglaterra assinando a Declaração dos Direitos, que constava que “o rei precisava da aprovação da maioria do parlamento para tomar as decisões mais importantes”. E dessa forma continua até os dias atuais, a Rainha Elizabeth II como mero coadjuvante e o Parlamento Inglês tomando decisões importantes.
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