Um protesto iniciado desde esta terça-feira (14) por moradores da comunidade de Alcaçuz, em Nísia Floresta, chamou a atenção do Idema para uma obra que serviria para despejar água tratada de esgoto da penitenciária, em um afluente do rio Pium.
A fiscalização do órgão ambiental esteve na tarde de ontem no local e decidiu pelo embargo. Representante do Idema, Nivaldo Gomes afirmou que a empresa responsável será procurada para dar informações sobre a provável inexistência das licenças ambientais exigidas.
A nascente do riacho que corre para o rio Pium fica a 200 metros dos muros da penitenciária e as águas do afluente são utilizadas pela população para a agricultura e até mesmo para beber, quando a bomba do poço que serve à comunidade deixa de funcionar.
O temor da população, que reúne cerca de 600 pessoas na área da antiga Cidade Hortigranjeira, é que os resíduos possam causar poluição, ou mesmo a obra aterrar o leito do riacho, provocando o desmatamento dos terrenos em volta.
Quando a reportagem da TRIBUNA DO NORTE chegou na manhã de hoje ao local, um trator trabalhava próximo à vala onde está sendo instalada a tubulação. Minutos depois foi recolhido. A equipe da TN passou mais de uma hora à espera do engenheiro responsável pela obra, no portão por onde entram as máquinas e estruturas do novo pavilhão da penitenciária.
Porém, mesmo tendo garantido que receberia a comunidade para esclarecer qualquer dúvida, ele deixou a parte interna do presídio e foi embora no exato momento no qual repórter e fotógrafo se dirigiram à entrada principal, em busca de informações.
Por Redação, da Tribuna do Norte
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