Dois presos morreram soterrados na manhã de ontem, nas dependências da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Região Metropolitana da capital. Giglinaldo Francisco de Oliveira, 27, e Márcio Daniel Gregório de Souza, 25, ainda receberam socorro, mas não resistiram.
De acordo com informações do vice-diretor da unidade prisional, o tenente coronel João Maria dos Santos, os presos cavaram um túnel no meio da cela número sete, localizada no pavilhão quatro, onde estão detidos presos provisórios. Por volta das 10 horas houve o desabamento de terra. “Eles fizeram um buraco na parede da cela número seis e os presos que estavam nela seguiram para a sete. Não sabemos ao certo, mas acreditamos que todos queriam fugir. Do túnel haviam retirado quase um caminhão de areia”.
Santos contou que, por pouco, um terceiro preso não foi soterrado também. “O apenado quando percebeu que estava desmoronando ainda conseguiu tempo para voltar à cela”.
Viaturas de Resgate do Corpo de Bombeiros, além de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas na tentativa de salvar os presos, porém apesar dos esforços Giglinaldo Francisco e Márcio Daniel não resistiram.
Segundo o vice-diretor da unidade, Giglinaldo respondia por homicídio e estava detido em Alcaçuz desde o dia 21 de agosto de 2010. Márcio estava preso sob a acusação de furto. O apenado estava detido na penitenciária desde o dia 11 de fevereiro de 2009. “Ele fugiu, mas foi recapturado”, afirmou o vice-diretor.
No dia quatro de maio deste ano, Márcio voltou para a cadeia de onde não saiu mais com vida.
Alcaçuz possui hoje 640 presos, a capacidade é para pouco mais de 500 homens. No pavilhão onde estavam cavando o túnel estavam detidos cem homens. “Todos foram retirados do pavilhão e transferidos para outros pavilhões dentro da unidade”, completou o tenente coronel.
Por Redação, do Tribuna do Norte
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