Adolescente é acusado de abuso sexual contra prima deficiente

Por Paulo de Sousa
Diário de Natal

Diante do atentado ao pudor que sofreu sua filha de 21 anos, deficiente mental e física, um agricultor de 75 anos que vive em Nísia Floresta diz que não perdoará o acusado, adolescente de 17 anos e primo da vítima. “Por mim, isso vai até o fim. Como pai, exijo uma punição”. O fato ocorreu no município do Litoral Sul na madrugada do último domingo. O cunhado da garota, em cuja casa mora a vítima junto com a irmã, conta que viu o acusado correr de seu quarto e em seguida a jovem foi encontrada despida em cima da cama. O garoto foi apreendido e liberado pela polícia.

O cunhado diz que na noite do sábado a família foi a uma festa e deixou a vítima sozinha em casa. “Achamos que não haveria problema, pois todos moramos numa propriedade da família. Todas as casas ao redor pertencem a nossos parentes”. Segundo ele, na volta para a casa sua mulher entrou primeiro e logo gritou, chamando-o. “Ela disse ter visto alguém saindo do quarto. Então peguei uma faca e decidi verificar”.

Ele afirma que nesse momento viu o acusado fugir de dentro de seu quarto e saiu pela porta de trás da casa. “Então eu corri atrás dele até pegá-lo e o trouxe até minha casa novamente”. Enquanto isso, segundo o homem, sua esposa entrou no quarto e viu a irmã despida. Com isso, o cunhado da vítima decidiu chamar a polícia.

Enquanto aguardava a viatura, ele notou que o acusado parecia estar sob efeito de álcool ou outro entorpecente. “Ele estava tão fora de si que ‘apagou’ sentado mesmo no sofá”. A polícia levou o rapaz para à delegacia de Nísia Floresta. Na manhã de domingo, a garota foi levada para o Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), em Natal, para realizar exame de conjunção carnal. “Disseram que provavelmente não tenha acontecido a penetração, mas o laudo só ficará pronto em 15 dias”.

O acusado foi ouvido pelo delegado Vicente Gomes e em seguida liberado para o Conselho Tutelar de Nísia Floresta. A reportagem procurou o delegado, mas ele não se encontrava na DP, pois era ponto facultativo. Mesmo com a liberação do sobrinho, o pai da vítima quer dar prosseguimento ao caso. “Vou contratar um advogado e continuar acompanhando”.

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